À parte

Quando estamos no intervalo do Holanda - França, há uma estrela que brilha mais que todas as outras. Que classe!

O exemplo

Infelizmente não tenho tido muito tempo para fazer novos posts. Os trabalhos de final de ano e os próprios jogos do Euro têm-me consumido por completo. As duas coisas são de dificil conjugação, mas com vontade, tudo se consegue, mas não se arranja tempo para tudo...
Ontem, mais uma vitória. 3-1, sofrida, mais saborosa. Confirmámos que o Deco "voltou" e que o Ronaldo é mesmo o melhor do Mundo. Estamos apurados e em primeiro lugar. Bravo, Portugal!
Mas a euforia da passagem rapidamente deu lugar a uma duvida que me assaltou desde que o Chelsea emitiu este comunicado.
Tendo dito Scolari que apenas falava no final do Europeu, porque razão o Chelsea, apesar da sua falta de ética já ser bem conhecida de todos os portugueses, emitiu esta noticia? Por muito más que tenham sido as intenções do clube londrino, sinceramente não acredito que tudo isto tenha sido à revelia de Luiz Filipe Scolari. Onde está o exemplo do treinador?
Agora, não sei até que ponto o próprio Cristiano Ronaldo não se envolverá mais na novela anglo-espanhola criada à sua volta.
Apesar de Portugal ter ganho dentro de campo, dá-me a impressão que levou uma cabazada fora dele.

PS: Mesmo assim acredito e estarei incondicionalmente ao pé dos nossos enquanto defenderem as cores do nosso Portugal.
PS2: Cuidado com a Espanha.

Para começar

As lágrimas de Frei comoveram-me. O futebol é injusto, e devia ser proibido a estrela de uma selecção, seja lá ela qual for, mas que por acaso até é co-organizadora do Euro, jogar apenas 44 minutos do torneio.
Parecia prenuncio para o que sucederia com a sua selecção, que depois de um grande jogo, viu a selecção checa aos 70' marcar por intermédio de Sverkos. Má sorte, Suiça.
Depois, Portugal. O meu Portugal. Jogo sofrido, mas o nosso Pepe engatou e meteu-nos em vantagem. Magistral. Moutinho também o foi quando serviu Meireles. 2-0. O primeiro já está. Faltam cinco para levantarmos a taça.
Amo-te, Portugal!

Nunca mais...

... é amanhã, para começar (de novo) a febre da bola! Haja paciência, e já agora, que o Sol se mantenha por muito tempo.

O maravilhoso mundo de Cristiano Ronaldo

Ronaldo é fogo, terra e mar. Consegue ser Inverno e Verão ao mesmo tempo. Consegue por pessoas a chorar de sofrimento mas consegue com que no segundo seguinte as lágrimas sejam de alegria. É o gozo de ver e sentir e o prazer de ouvir e tocar. É vulcão e neve. É com o direito, ou com o esquerdo. De cabeça ou até de calcanhar. Calcanhar, é isso mesmo. Cristiano Ronaldo é amor e ódio. É inveja e orgulho. É gritaria aterrorizante e silencio assustador. É inocente e maduro. Na mouche. É fantasia e realidade. Ronaldo é um bocadão de Portugal. Mas Portugal não é só Ronaldo.

PS: Este post é uma tentativa de combater toda a imprensa que, de uma forma quase doentia, continua a isolar o nome de Cristiano Ronaldo do restante grupo. Há mais gente na comitiva, porra!

Conquistadores!

Arrepiante. Mais de dez mil pessoas (dizem os jornais..) esperaram pela nossa selecção, ontem, em Neuchâtel, na Suiça.
Confesso que por instantes tive uma lágrima ao canto do olho. Bravos emigrantes, que estiveram horas e horas à espera da equipa de todos nós, mesmo sabendo que não conseguiriam vislumbrar nenhum jogador por detrás dos vidros opacos e da frota policial que acompanhou Ronaldo e Companhia.
Estamos preparados para sofrer, mas também para vibrar uma vez mais com as vitórias do Clube Portugal. Por momentos, penso que todos nos sentimos os melhores do Mundo ao vermos aquelas imagens. O nó que temos na garganta devido ao estado quase apocalíptico em que se encontra o nosso país desatou-se ao olhar para aqueles que vão ser, com toda a certeza, os nossos conquistadores. Deixe-mo-nos levar pela euforia. Viva a nossa selecção! Viva Portugal!

Europeus da minha vida

Suécia '92: Não sei muito sobre ele. Sei que a Dinamarca o ganhou contra todas as expectativas e que na final mandou um valente pontapé na poderosa Alemanha. Faltavam cerca de dois meses para eu sair para a vida... digamos que não era muito fácil acompanhar os jogos!

Inglaterra '96: Tinha quatro anos. Não me lembro de nada, mas já vi e revi o magistral chapéu do Poborsky na meia-final da competição. Afastou-nos da final, mais uma vez fomos "quase, quase" lá. Felizmente o Karel sentiu remorsos e passado pouco tempo assinou pelo Benfica. Para bem de grande parte dos portugueses.

Bélgica e Holanda 2000: Oito aninhos de idade e mania que já sou senhor. Já falo de futebol como gente grande (pensava eu, lá está...) e vejo Portugal chegar, de novo, às meias-finais do torneio, caindo perante a França num jogo inesquecível.
Foi um grande Euro para nós. Depois de termos falhado o Mundial 98, reaparecemos em grande na Bélgica e na Holanda. Primeiro jogo contra a Inglaterra e aos 18' já estava-mos a levar dois secos. Mas o Figo com uma bomba, o João Pinto num cabeceamento prodigioso e o Nuno Gomes (este sim, o verdadeiro), frio na finalização, completou a reviravolta. Estava dado o mote para sermos os melhores. Vitória sofrida contra a Roménia no ultimo minuto, três sem resposta na campeã Alemanha que foi mais cedo para casa, vitória clarissima sobre a Turquia nos quartos (mais dois de Nuno Gomes, onde andas tu agora?) e a polémica queda ante a França. Por alguma razão, a partir desse dia, passei a odiar Zidane...

Portugal 2004: Ui, tanto para contar. Euro realizado no nosso país e a nação unida em volta da bandeira. Scolari agarrou os portugueses à selecção.
Primeiro jogo. É melhor esquecer, expectativas defraudadas. Paulo Ferreira erra o passe, Karagounis aproveita, corre dez metros e manda uma bomba lá para dentro. 1-0 a abrir a primeira parte, 2-0 a abrir a segunda. Cristiano Ronaldo reduziu nos descontos. Contra a Rússia... cumprimos. Aquela selecção russa pouco ou nada tem a ver com a de 2008.
Terceiro jogo. Alvalade. Portugal precisava de ganhar para passar.. e a Espanha também. O Nuno engatou e deu a vitória à nossa selecção. Vá lá.
Ainda o coração estava de ressaca do duelo Ibérico e aparece-nos a Inglaterra nos quartos-de-final. Sempre os ingleses.
Entrámos mais uma vez a perder e assim foi até ao minuto 81, quando o meu Simãozinho faz um centro primoroso para o Postiga. Vamos a prolongamento. Rui Costa, magistral, marcou um golo de bandeira que nos colocou a um passo das meias. Poucos minutos a seguir, canto de Beckham... e golo de Lampard. Afinal vamos aos penalties. Confesso que é esta a minha altura preferida para sair de casa e passear no meio do nada. Na rua vêm-se mais duas ou três pessoas, iguais a mim, que não aguentam ficar mais em frente da TV. Vi a defesa sem luvas do Ricardo no dia a seguir, no telejornal. Essas duas horas e meia devem-me ter consumido uma década de vida.
Esprememos a laranja antes de chegar à final. Depois, é melhor nem lembrar. Nova tragédia grega e os foguetes tiveram que ficar, de novo, para depois.

Áustria e Suíça 2008: Temos o melhor jogador do Mundo. E temos uma equipa do catano. Estou com fé que dia 29 do próximo mês estaremos em Viena a festejar. Estou mesmo com muita fé.