sexta-feira, 2 de maio de 2008

Jardel ou como destruir uma carreira em 30 dias


Foi em 1995 que Scolari pediu um Jardel que andava perdido nas reservas do Vasco da Gama à direcção do Grémio, fazendo ver ao presidente que estava ali um goleador em potência.
Foi em 1996 que Pinto da Costa o foi buscar a Porto Alegre na ânsia de ter uma referência na área portista.
Já apelidado de Super Mário, no inicio do novo século saíu para a Turquia onde defendeu as cores do Galatasaray, ficando lá duas temporadas para depois voltar a Portugal onde fez dupla de sonho com o outrora menino de ouro da Luz, João Vieira Pinto. Ousou igualar a marca de Eusébio na primeira época ao serviço da equipa de Alvalade, mas em 2002/03 perdeu-se para o futebol. Problemas com a mulher, com a bebida e dinheiro perdido no vicio do jogo fizeram com que Mário deixa-se de ser Super. Jardel já não era matador, nem sequer voava sobre os centrais. A partir daí, representou mais nove clubes na ânsia de voltar a encontrar o caminho dos golos, mas as balizas nunca mais quiseram nada com ele. Mário Jardel de Almeida Ribeiro perdeu uma carreira devido aos amigos de ocasião. Não mais se encontrou.
De Filipão a Boloni, todos construíram equipas para o servir, e o certo é que resultava sempre. O goleador brasileiro arranjava sempre espaço entre o buraco da agulha para a meter lá dentro - fosse de cabeça, de pé esquerdo, pé direito, chapéu, bicicleta, de letra ou de trivela, a bola entrava sempre. Na Liga portuguesa contabilizou 183 golos em 174 jogos, conseguindo uma média de 1,05 golos/jogo.
Recentemente, admitiu que se drogava com cocaína e que apenas deixou o vicio à dois meses. Diz-se pronto para fazer mais duas épocas "a brincar". Por certo, já perdeu o comboio para o Benfica, sonho que teve desde sempre. Mas nunca é tarde para limpar um nome, que não há muito tempo atrás, foi grande. Mário quer voltar a mostrar que ainda pode ser Super, e esse será o seu ultimo grande desafio de uma carreira atribulada.

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